sábado, 20 de agosto de 2011

Tarde demais


Era uma vez uma senhora que estava à espera do seu vôo na sala de embarque de um grande aeroporto. Como ela ía esperar muitas horas, resolveu comprar um livro para matar o tempo. Comprou, também, um pacote de bolachas.

Sentou-se numa poltrona na sala VIP do aeroporto para que pudesse descansar e ler em paz enquanto esperava o avião. Ao seu lado sentou-se um homem.

Quando ela pegou na primeira bolacha, o homem também pegou numa. Ela sentiu-se indignada mas não disse nada e pensou : "Mas que cara de pau! É preciso ter descaramento...Tirar-me a bolacha, do meu pacote, sem me pedir licença? Que lata..."

Só que a coisa não ficou por aqui:

A cada bolacha que ela comia, o homem também pegava numa e comia. Aquilo deixou-a tão indignada que nem sequer conseguiu reagir. Quando faltava apenas uma bolacha, ela pensou:" O que será que ele agora irá fazer?! Será que não tem um pingo de vergonha na cara e vai tirar a última bolacha?"

Então o homem pegou na bolacha, na última bolacha, dividiu-a ao meio, deixando a outra metade para ela. Ah!!! Aquilo era demais !!!

A senhora estava furiosa! Então, e antes que perdesse a cabeça, pegou no seu livro e nas suas coisas e dirigiu-se ao local de embarque, indignada!

Quando se sentou, confortavelmente, no interior do avião, olhou para dentro da sua bolsa e, para sua surpresa, o pacote de bolachas estava lá... ainda intacto, fechadinho...

Ficou quase sem respiração tal a vergonha que sentiu dela própria! Só então deu conta que quem estava errada era ela.
Como ela era tão distraída nem deu conta que no aeroporto as bolachas que ela tinha comido não eram as bolachas dela...mas as dele...
As suas continuavam guardadas, dentro da sua bolsa...

O homem tinha dividido as bolachas dele ...sem se sentir indignado, nervoso ou revoltado, enquanto ela tinha ficado muito transtornada, pensando que estava a dividir as suas bolachas com ele.

Já não havia tempo para se explicar... nem para pedir desculpas. Tarde demais.

um versículo para você neste sábado!


Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto
da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia,
eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação.


               
Habacuque 3: 17 e 18