quinta-feira, 28 de julho de 2011

Cazuza aceitou Jesus antes de falecer


 
Cazuza foi um "pop star” brasileiro. Era um rebelde sem causa. Consumiu drogas, teve relacionamentos tresloucados. Morreu por causa da Aids. Fizeram filme sobre a sua vida. Este mostra um jovem libertino fazendo tudo que lhe vinha na cabeça. Os pais, apenas acompanhavam a vida do menino, tentando entender aquela cabeça de um poeta suburbano, onde aderiu um estilo de vida que cria ser o melhor para si.

É estranho tentar imortalizar alguém com o estilo de vida que ele teve. Contudo, isto é fruto da nossa sociedade. Vivemos fazendo apologia de tudo que nos é permitido. Na geração dos anos 80, Cazuza era o máximo. Representava a rebeldia. O Barão Vermelho era o expoente do rock brasileiro. Dava orgulho dizer que curtia o Barão Vermelho. Cazuza foi herói, mas também foi bandido.

O filme mostra as vezes em que a polícia o deteve. Vemos também o modo libertino do jovem consumindo drogas e envolvendo-se sexualmente com tudo e todos. O filme nos apresenta um herói bandido. Um herói marginal. Um garoto rico que sempre teve tudo o que quis e, por causa das suas escolhas, acabou sendo destruído pela Aids. Contudo, não é sobre este Cazuza que desejo falar.

Quero falar sobre o outro Cazuza. Aquele que descobriu a verdadeira vida, quando teve que estar nos bastidores de sua existência. Quero falar do Cazuza que experimentou o raio do sol da justiça, que iluminou a sua vida nos bastidores de sua vida.

As cortinas do teatro do artista estavam se fechando, ele estava nos bastidores. Quero falar da nova criatura que ele se tornou, não pelas canções que escreveu, não pelas loucuras que fez, mas pela decisão que tomou antes de morrer. Quero falar do Cazuza que o filme não mostrou, pois este não dá prestígio. Quero falar do Cazuza que entregou sua vida a Jesus. Do jovem que se arrependeu e pediu perdão.

Infelizmente, a mídia não falou da sua decisão. Preferiu mostrar o bandido, o rebelde sem causa. Sei que um dia irei encontrar-me-ei com ele. Cazuza faz parte do povo de Deus. Por que afirmo isto com tanta certeza? Nos últimos dias de sua vida, ele foi assistido por uma enfermeira cristã. Esta jovem foi sal e luz na vida dele. Ela marcou a diferença. Depois de alguns anos da morte dele, ela lançou o livro "Fiz parte deste show".

Esse título é o mesmo de uma canção de Cazuza. Ana Maria narra a experiência que teve quando cuidava de Cazuza nos bastidores de sua vida, quando estava em processo terminal ocasionado pela doença. Já não era o rebelde, mas o doente que lutava pela vida. Ela narra todo o processo do acompanhamento e cuidado que dedicou a Cazuza. As dúvidas e questões que ele tinha.

Como ele foi se aproximando de Deus. Ela conclui dizendo que o rebelde entregou sua vida a Jesus. O filme não mostra nada disso. Não fala de um ser humano arrependido que se volta para o Criador e suplica por perdão. Não mostra um ser humano reconhecendo que fez a pior escolha e que o seu sofrimento é consequência dos erros cometidos. Não, o filme enaltece o rebelde, o bandido. É careta dizer que o nosso poeta, no fim de sua vida, se tornou cristão. É preferível que todos cantem a máxima de sua canção que diz: "meus heróis morreram de overdose".

Esta é a nossa sociedade. Valoriza a degradação humana e torna viciados em super-heróis. Cazuza viveu a loucura dos seus dias. Fez tudo o que desejou. Viveu loucamente. Viveu querendo levar a vida, mas depois decidiu que a vida o levasse. Entretanto, numa tarde de domingo, uma jovem entrou na história dele. Ela fez a diferença. Vivia a vida com graça e a transbordar a graça de Jesus. A Graça de Jesus iluminava os bastidores na vida do poeta.

Isso fez toda a diferença na vida dele. O testemunho de Ana levou-o ao conhecimento de Jesus. O jovem poeta descobriu a verdadeira paz. Infelizmente isto nunca virou notícia. Não saiu no jornal, mas o fato é que Cazuza não é herói nacional e muito menos um bandido. Ele foi um cidadão como outro qualquer. Cometeu seus erros e, em consequência dos mesmos, desenvolveu a AIDS.

Contudo, a sua tragédia se transformou em triunfo, pois foi por este motivo que ele foi alcançado pelo Senhor Jesus e sua maravilhosa graça. Cazuza se tornou numa nova criatura. Minha tristeza é que não tive o privilégio de ouvir uma canção que expressasse sua gratidão ao Senhor, mas sei que o encontrarei na glória. Não como o ícone da minha geração, mas como aquele que compreendeu que sua vida foi resgatada pelo sangue precioso de Jesus nos bastidores de sua existência.
Cazuza cantava:

“Vida, louca vida”.
Vida breve.
Já que eu não posso te levar
“Quero que você me leve”.

Ele tentou, mas não conseguiu levar a vida. Ele tinha consciência da sua brevidade. Que ela é um vapor que passa. Mas na brevidade que foi sua vida, ele que não pôde levar a vida, foi levado para a vida e pela verdadeira vida. Ele foi perdoado e transformado em nova criatura pelo Senhor. O que teria acontecido se Cazuza não tivesse morrido? O que ele faria e diria sobre o Senhor?


Cazuza desfruta da vida abundante que Jesus prometeu. Esta vida é que mais importa. É esta mesma vida que devemos desfrutar e gozar aqui e por toda a eternidade.

fonte


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