sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Comercial que usa versículo faz sucesso, mas gera controvérsia

Vídeo com crianças declamando João 3:16 teve 500.000 acessos no Youtube em uma semana


 
Comercial que usa versículo faz sucesso, mas gera controvérsia
Tim Tebow é o maior fenômeno cultural nos Estados Unidos nos últimos meses. Cristão dedicado, ele ora antes e depois dos jogos. Sua pose característica que já fez milhões de pessoas postarem fotos praticando o que ficou conhecido como “Tebowing”.
Apelidado de “o Quarterback de Deus”, o jovem filho de missionários escrevia “João 3:16″ sob os olhos quando ainda jogava pelo time de sua faculdade, o Florida Gators. Ao chegar à liga profissional da NFL, nesta temporada teve uma média de lançamentos de 31,6 jardas aéreas.
Na partida contra o Pittsburgh Steelers, acumulou lançamentos totalizando 316 jardas, que garantiram a vitória do seu time.
A TebowMania tomou conta do Google por alguns dias, onde o termo “316” ficou no topo da lista de termos mais procurados. Aproveitando esse movimento, o ministério cristão Focus on the Family veiculou no canal CBS,  durante o jogo Broncos-Patriots, uma das semifinais do campeonato, um comercial de 40 segundos. Nele, ​​crianças recitam o versículo bíblico de João 3:16.
Embora Tim Tebow não seja mencionado no comercial, foi seu sucesso que o inspirou, disse o porta-voz do Focus, Gary Schneeberger.
A NFL, a exemplo da FIFA, não permite que mensagens religiosas sejam exibidas pelos atletas. Por isso, a maneira indireta que o tema passou a ser comentado despertou o senso de oportunidade da Focu son the Family.
Seu presidente-executivo, Jim Daly disse: “Deus tem  senso de humor, mas acho que estamos mais interessados nesse esporte do que Deus. Soubemos que houve cerca de 100 milhões de buscas no Google sobre 316 e pensamos ‘Por que não explicar isso de maneira fácil para as pessoas? Por que fazer as pessoas saírem da frente da TV para procurar o significado?”
No final do “comercial” o Focus oferece uma oportunidade de as pessoas doarem 5 dólares para o ministério com uma simples ligação. Parte dessas doações ajudaram a custear a transmissão da mensagem durante o jogo. Também há um site dedicado ao vídeo, onde o usuário pode baixar material evangelístico e inclusive falar com missionários online.
No canal oficial da Focus no Youtube, o vídeo já acumula meio milhão de visitas. Mas as críticas de quem se opõem às mensagens religiosas no esporte logo surgiram. Muitas organizações acusaram o ministério de querer “enfiar a religião goela abaixo das pessoas”.
Alguns defendem que esse tipo de comercial deveria ser proibido, por apelar para as crianças, algo que a legislação trata de maneira bem rígida no passado e já proibiu bebidas alcoólicas e cigarros de usarem esse tipo de imagem em seus comerciais.
Para Schneeberger, isso é um absurdo ”Quer dizer que está tudo OK se tentam enfiar salgadinhos goela abaixo das pessoas, os carros, bebidas e tudo mais? Nós temos o direito de anunciar também”.
A Focus on the Family é um ministério dedicado ao fortalecimento dos casamentos e voltado para valores cristãos da família. Além de programas de rádio, eles produzem filmes e livros com temas evangélicos. Com a repercussão do comercial nas semifinais, eles estão pensando em transmitir novamente durante a final do campeonato, o Super Bowl. Historicamente, essa é a maior audiência de TV do ano.
Porém, pode não ser tão fácil. No ano passado, o canal Fox Sports recusou-se a transmitir durante o Super Bowl um comercial que tinha exatamente João 3:16 como tema. A justificativa foi que a rede “não aceita propaganda de organizações religiosas com o propósito de promover crenças ou práticas particulares”.
Em 2010, o Focus on the Family já passou por uma reprovação por conta de um anúncio durante o Super Bowl. O tema era o combate ao aborto e tinha justamente um testemunho do então semidesconhecido Tim Tebow.  A emissora CBS enfrentou críticas durante meses por ter transmitido e outras emissoras simplesmente se negaram a fazê-lo.
Assista ao comercial:

Traduzido e adaptado de IB Times

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