quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

HNSC ‘corta’ alguns atendimentos

A emergência do hospital acumula mais de R$ 2 milhões em dívidas, entre janeiro e novembro do ano passado. Sem ter como manter os serviços, casos ambulatorias não serão mais atendidos.

 
A maior demanda do HNSC é do SUS. Ocupa um valor entre 80% e 90% dos atendimentos em todos os setores

 
As dificuldades da direção do Hospital Nossa senhora da Conceição (HNSC), em Tubarão, de manter o setor de emergência não são novidade. A dívida é crescente e chegou ao ápice no ano passado. Em 2010, o hospital fechou o ano com um prejuízo de cerca R$ 1,2 milhão.
 
Entre janeiro e novembro do ano passado, o prejuízo passava de R$ 2 milhões. Os valores de dezembro ainda são formatados. Isto, somado à falta de médicos interessados em atuar no setor, fez com que a direção da instituição tomasse uma medida drástica.
 
A emergência fecha as portas, a partir de hoje, para os atendimentos ambulatoriais, aqueles que podem ser solucionados nos postos da rede municipal (dor na perna e insônia, entre outros). Só serão atendidos casos de urgência (como uma crise de hipertensão) e emergência (exemplo: infarto). 
 
Por dia, somente na emergência, passam de 250 a 300 pessoas. Em todo o ano passado, o setor foi responsável por mais de 93 mil atendimentos. Uma média de 7,5 mil procedimentos por mês. Tudo gratuito e um detalhe: destes totais, 90% foram para solucionar casos ambulatoriais.
 
Em reunião com a direção do HNSC, a secretária de saúde da prefeitura, Albertina Carvalho, a Beth Xuxa, propôs que o hospital não restrinja o atendimento, mas exija a confirmação do encaminhamento pelo médico no município.
“Entendo a situação do hospital, mas não podem deixar de atender as pessoas. Já orientei as chefias dos postos para que ninguém seja encaminhado (ao HNSC) sem autorização do médico”, promete Beth.
 
Convênios
Hoje, para manter o setor de emergência, o Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, conta apenas com dois convênios firmados com as secretarias de saúde das prefeituras de Tubarão (R$ 420 mil/ano) e de Capivari de Baixo (R$ 110,4 mil/ano).
A Cidade Azul pagou apenas uma parcela (R$ 60 mil) do total de sete. Capivari está com o repasse em dia. A secretária de saúde da prefeitura de Tubarão, Albertina Carvalho, a Beth Xuxa, admite o atraso.
“Amanhã (hoje), mais uma parcela será paga. Entendo o posicionamento do HNSC, mas não posso ficar na porta da emergência para fazer uma triagem”, rebate a gestora.
Beth também faz outra exposição: são repassados ao HNSC os valores referentes aos atendimentos básicos. “Recebemos a verba diretamente do Ministério da Saúde e repassamos ao hospital mensalmente. Em 2011, foram R$ 287 mil”, afirma.

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