A velocidade na qual as pessoas andam e a força do aperto de mão podem indicar as chances de sofrer um derrame ou problemas de memória. De acordo com um estudo que será apresentado em abril, durante o Encontro Anual da Academia Americana de Neurologia, em Nova Orleans, passar a caminhar mais devagar pode significar um risco 1,5 vez maior de desenvolver problemas de memória. Já aqueles que mantêm o passo durante os anos, podem ter 42% menos chances de sofrer um derrame cerebral.
Na pesquisa, Erica Camargo, neurologista do Boston Medical Center, em Boston, e coordenadora do estudo, analisou 2.400 voluntários, entre homens e mulheres, com uma idade média de 62 anos. Nenhum dos participantes tinha tido derrame cerebral ou declínio mental quando o estudo teve início. Foi medida a força do aperto de mão e a velocidade do andar, além da realização de exames de imagem no cérebro e testes de memória.
Durante um período de 11 anos de acompanhamento, 79 pessoas tiveram derrame ou acidente vascular cerebral isquêmico transitório (também conhecido como ‘miniderrame’) – o déficit neurológico acontece de maneira súbita, mas tem recuperação completa em pelo menos 24 horas. Outros 34 pacientes desenvolveram demência.
Resultados — Notou-se, então, que o risco para problemas de memória era 1,5 vez maior entre aquelas pessoas que passaram a andar mais devagar como passar dos anos. O caminhar mais lento também foi relacionado a um menor volume cerebral e com baixa performance em testes de memória, linguagem e de tomada de decisão.
Pessoas com 65 anos ou mais que tiveram os mais fortes apertos de mão apresentaram 42% menos riscos de um derrame ou de um ataque isquêmico transitório. O mesmo efeito, no entanto, não foi visto em pessoas com menos de 65 anos. O aperto de mão mais forte foi ainda relacionado com um maior volume cerebral.
“Enquanto fragilidade e baixa performance física em idosos foram associados com um aumento nos riscos de demência, não temos certeza do quanto isso chega a impactar pessoas nessa idade”, diz Erica. Em termos clínicos, reduções na força do aperto de mão e na velocidade do caminhar podem ser um sinal de que é preciso fazer testes adicionais para verificar a função cerebral.
De acordo com os pesquisadores, é preciso que estudos complementares sejam realizados, para melhorar a compreensão de como acontece a redução na velocidade do caminhar e na força do aperto de mão.
Fonte Veja
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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
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