Igrejas foram fechadas e muitos cristãos acabaram presos
No dia de Natal, a polícia em várias partes da China usou gás lacrimogêneo e agrediu os cristãos que celebravam o Natal. Por ser uma data “não oficial” eles não teriam permissão do governo, informou uma missão evangélica que trabalha na região.
“[Dia 25] pela manhã, perto das 8, nossa igreja estava fazendo um culto de Natal na cidade de Langzhong”, contou Li Ming. “Havia cerca de 20 ou 30 policiais, e eles usaram gás lacrimogêneo”, disse ele. “Meus olhos ficaram tão inchados que eu não consegui ver nada.”
De acordo com Li, a polícia prendeu três pessoas e confiscou instrumentos musicais e sistema de som do grupo.
A ChinaAid, missão americana que se dedica a ajudar a igreja perseguida na China, relatou que 30 membros da Igreja Shouwang, em Pequim, foram detidos por realizar um cultos ao ar livre.
De acordo com testemunhas, a polícia parecia estar “se preparando para uma grande batalha” quando partiram para cima dos cristãos.
“[A repressão foi] muito dura”, disse Chen, um membro da igreja Shouwang. “Eles levaram 39 pessoas para a delegacia. Mas apenas um jovem ainda não foi solto”.
O pastor Jin Tianming disse não saber o que a repressão vai significar para o futuro da Shouwang , que já foi vítima perseguição do governo chinês no passado. Não é primeira vez que eles são proibidos de fazer cultos ao ar livre.
“Nós alugamos um local, mas as autoridades pressionaram o senhorio e ele disse que quer terminar o nosso contrato”, disse Jin. “Não decidimos qual será o nosso próximo passo”.
Além disso, seis fiéis foram espancados e presos enquanto se reuniam em uma casa, parte da rede de igrejas nos lares, na província costeira de Zhejiang.
De acordo com Pastor Luo Sennian, “eles jogaram fora todas as coisas que pertenciam à nossa igreja. Eu tentei falar com eles, mas logo cinco ou seis policiais começaram a me bater. E acrescentou: “Meu filho foi espancado por oito ou nove pessoas depois que tentou impedr que eles me espancassem… eu tinha muito sangue no meu rosto.”
De acordo com o governo chinês, a religião não é ilegal na China. Pelo contrário, “é uma das forças importantes que move a China”.
No entanto, de acordo com o filósofo esloveno Slavoj Zizek , o governo chinês prefere religiões que “ajudem a estabilidade social”, como o confucionismo. Para eles, o cristianismo e o budismo tibetano causam “desintegração social”. Elas fazem isso por tentar operar de forma independente das autoridades.
Apesar da reputação de o governo chinês ser um dos piores do mundo no desrespeito aos direitos humanos, a ChinaAid declarou estar “chocada” com essa reação desproporcional no dia de Natal. “Por que o governo chinês tem tanto medo do Natal?” quationou o grupo em um comunicado.
Traduzido e adaptado por Gospel Prime de Christian Post
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